Umbigada
Capivari não deixa morrer a tradição e cultiva o “Grupo de Umbigada”, que também tem integrantes de Piracicaba, Tietê e da capital. Ele já se apresentou em inúmeras cidades do Estado de São Paulo, na Unicamp e até mesmo no programa de Enezita Barroso, transmitido pela TV Cultura.
O tempo de existência dele é difícil precisar. Segundo Anecide de Toleto, puxadora, essa arte foi transmitida de geração em geração. Hoje o grupo conta com uma média de 70 integrantes. Aqui da cidade são cerca de 20.
As apresentações são todas improvisadas: seguindo o ritmo cada um constrói sua própria letra. E foi dessa mesma maneira, que gravaram diversos CDs.
Dança de roda conhecida como “coco em fileiras”, em Alagoas, a Umbigada é uma pancada leve, que se dá com o ventre, nas danças de roda. Isso significa um convite ou intimação para que a umbigada substitua o dançarino encarregado do solo, do canto. Ela tem o mesmo propósito na “dança da punga”, no Maranhão, no “lundu” ou “fandango”, em Portugal e até mesmo em alguns sambas. Já no Estado de São Paulo, aparece durante a dança e não como um convite à substituição de quem está cantando.
A Umbigada chegou ao Brasil através dos “bantos”, escravos africanos, que também trouxeram o “samba”.
Alguns pesquisadores afirmam que a partir desta a palavra surgiu “samba”, “umbigada” ou “união do baixo ventre”, em algum dialeto da África. Durante o século XIX, tais ritmos sofreram influências da polca, da habalera, do choro e do maxixe.